SERÁ QUE TODA RELIGIÃO É BOA?




Está na moda o diálogo interreligioso. Vivemos a época do inclusivismo, fruto da ideia posmoderna que não existe verdade absoluta. Muitos pastores, em nome do amor, sacrificam a verdade e caem nessa teia perigosa do ecumenismo. 


Precisamos afirmar que não existe unidade espiritual fora da verdade, assim como luz e trevas não podem co-existir. Não podemos ser um com aqueles que negam a salvação pela graça em Cristo Jesus. 


Não é um ato de amor deixar que aqueles que andam pelo caminho largo da condenação sigam "em paz" por esse caminho de morte. Esse falso amor tem cheiro de morte.


Essa atitude de dar as mãos a todas as religiões, numa espécie de convivência harmonia, acreditando que toda religião é boa e leva a Deus é uma falácia. 


Toda religião é vã a não ser que pregue a Cristo, e este crucificado. Toda religião afasta o homem de Deus, a não ser que anuncie Jesus Cristo como o único caminho para Deus! 


Vamos deixar esse discurso falacioso de amor a todos, e vamos amar de verdade às pessoas, de todas as religiões, pregando a elas, com senso de urgência, o evangelho que exige arrependimento e fé e oferece vida eterna.


Rev. Hernandes Dias Lopes

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SURPREENDIDO PELA MINHA LEVIANDADE





Tenho a mania de tentar extrair sempre alguma lição das experiências que a vida me permite viver. Não foi diferente desta vez, por ocasião da visita de nossos queridos missionários do Norte da África. Em nossas conversas, que avançavam madrugada adentro, procurei comparar o estilo de vida deles com o meu, e confesso que em muitos momentos me senti envergonhado. 


Claro, vivemos em contextos muito diferentes; eles estão em meio a um povo de cultura diversa e peculiar, em meio a uma civilização distante do evangelho e que em sua esmagadora maioria desconhece por completo o Senhor Jesus. Contudo, as exigências de compromisso, consagração, empenho no testemunho, ardor evangelístico e urgência missionária deveriam ser as mesmas. Deveriam.


Não raras vezes fui surpreendido e confrontado em minha consciência com a tremenda leviandade como eu mesmo me comporto em nosso contexto muito mais “favorável” à igreja e ao evangelho. 


Fui surpreendido quando percebi que também a nossa Igreja é muito aburguesada e acomodada, vive um cristianismo dentro de sua zona de conforto e segurança, com esforços mínimos para testemunhar. Para alguns de nós, a simples distribuição de folhetos evangelísticos é um martírio.


E o que dizer do evangelismo pessoal, aquele de ganhar pessoas para Cristo por meio da vizinhança, da amizade, do testemunho intencional e do convite às claras para vir a Cristo e à igreja? Falta-nos verdadeira consciência de que o tempo urge. Falta-nos um amor casto, puro, veraz, oblativo, sacrificial pelo próximo. Daí a nossa indiferença diante da verdade de que, sem Jesus, aqueles que pensamos amar, sofrerão na eternidade do inferno. Evangelizar é uma questão de amor!


Porém nem tudo é tão cinza assim. Esta visita também me encheu de estímulos missionários. Deu-me uma visão mais apurada e mais alargada de como eu, como pastor, e essa igreja podemos nos envolver mais efetivamente em missões. 


Aprendi que a missão possui níveis e esferas que são interdependentes. Antes de sermos uma igreja missionária, devemos nos tornar uma igreja evangelística. Evangelismo e discipulado devem fazer parte de tudo o que somos e fazemos. Precisamos desenvolver a prática da oração, buscando poder espiritual para esta tarefa. Sem o poder do Espírito nenhuma eficácia haverá em nossas iniciativas e palavras. Esta oração deverá ser pessoal, doméstica, em grupos e comunitária. Deverá ser insistente e ininterrupta. 


Devemos sair da cama todas as manhãs e pedir a Deus que coloque uma pessoa em nosso caminho e uma unção em nosso coração -- que hoje seja o grande dia em que o meu chefe, sócio, colega de trabalho, parente, vizinho renda-se ao Senhor Jesus. E que, assim, eu seja surpreendido pelo Espírito Santo.


• Luiz Fernando, casado, uma filha, é pastor da Igreja Presbiteriana Central de Itapira, SP.


Publicado na Revista Ultimato de set-out/2012

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O SILÊNCIO QUE FALA MAIS ALTO QUE O ÓDIO





“Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a boca.” Isaias 53.7


O maior antídoto contra a soberba é experimentar a humilhação de Cristo. Grande gozo há para aqueles que assim procedem e fortalece a imagem de Cristo neles. Nada é maior corruptor a alma humana do que a soberba. Soberba esta que levou Satanás a buscar ser igual a Deus; soberba que levou nossos pais Adão e Eva a desejarem caminho semelhante ao de Satanás. Tal natureza continua manipulando e conduzindo o ser humano, criando no homem a busca incansável de preservar a imagem perfeita, todavia, uma perfeição que não existe em nenhum homem na face da terra. 


Por isso, que vivemos buscando aprovação em todos os setores da vida. Quando a nossa imagem é questionada agimos imediatamente para recompô-la usando todos os meios possíveis para o determinado fim. Quando somos afligidos injustamente, quer por atos, palavras, a nossa reação é imediatamente de buscar preservar a imagem perfeita que o pecado falsamente criou em nós.


Surge em cada ser humano o advogado do diabo que é a nossa natureza caída. Reagindo violentamente contra aqueles que nos ofendem e tem os seus próprios julgamentos sobre nós. A grande questão é que não somente somos advogados do diabo, mais tornamos juízes contra aqueles que juízes se fizeram contra nós. Como juízes, queremos impor a maneira correta dos outros nos enxergarem. No final do julgamento nos tornamos tão maligno quanto aqueles que nos afligiram e maltrataram a nossa alma.


Jesus nos convida a experimentá-lo neste ambiente hostil, nunca houve hostilidade maior do que a sofrida por Cristo no calvário, e, é neste ambiente que podemos experimentar a maior revolução do evangelho de Cristo no próprio Cristo, quando ele perdoa todos os seus algozes. O silêncio de Jesus no texto acima, está relacionado ao fato que o Senhor abriu mão da sua justiça para assumir a nossa injustiça.


No perdão de Cristo, ele disse: Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem. Jesus não está eximindo o homem da sua responsabilidade dos seus atos e as suas conseqüências, até porque o mesmo disse as mulheres no caminho do calvário “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!” Lucas 23.28,29. 


Quando Jesus está dizendo que eles não sabiam o que estavam fazendo, é que eles estavam tão cheios de ódio que os impedia de verem a verdade. E o ódio nunca nos deixa ver com os olhos do amor. Todo ser humano cheio de ódio está em densas trevas, trevas estas que é o lugar da habitação de satanás e os seus demônios. Certa vez quando Jesus rumava para Jerusalém e foi rejeitado por uma aldeia de samaritanos, a reação dos discípulos foi imediata “E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.” Lucas 9.54-56 


Concluo, desafiando o seu coração a viver em Cristo, e ter a alma plenamente convicta que a imagem da soberba foi à responsável por conduzir o Mestre a cruz. Portanto, não viva com a preocupação de sustentar esta imagem. A imagem que devemos viver é a imagem de Cristo. E lembre-se: Jesus também foi caluniado, julgado injustamente. Não deixemos que as afrontas, decepções, humilhações sejam sementes de ódio caindo nos nossos corações. Que o único tribunal que devemos comparecer sempre, seja o tribunal da Graça, onde Cristo é o nosso único e perfeito advogado.



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NÃO ACREDITO....





Não acredito em respostas prontas e estereotipadas e definitivas, mas em ser apenas um aprendiz, aprendendo sempre, num processo sem fim de aprender, desaprender e reaprender.


Não acredito em estratégias, modelos ou planos religiosos definidos e reproduzíveis, mas nas surpresas do dia-a-dia vivido na presença de Deus, no convívio familiar e comunitário.


Não acredito em projetos ministeriais importados e apostilados, mas no serviço simples, continuo e discreto em favor dos pobres.


Não acredito em técnicas de evangelização, mas sim em pregar o Evangelho o tempo todo com a vida e, quando necessário, usar palavras.


Não acredito no barulho e na agitação, mas sim no recolhimento e no silêncio.


Não acredito em busca de poder religioso que alimente ambições pessoais, mas sim no poder que se aperfeiçoa nas minhas fraquezas.


Não acredito no que acontece sob os holofotes e é propagandeado, mas no imperceptível, no pequeno, no gesto simples e cotidiano.



Não acredito em lideranças personalistas, mas em servos anônimos que refletem a vida e o caráter de Cristo.



Não acredito num Evangelho explicativo, argumentativo, teórico, mas no Evangelho que me coloca em relação afetiva com Deus, comigo mesmo e com meu próximo.



Não acredito na linguagem da motivação e da auto-ajuda, mas na linguagem da intimidade que encontra espaço para afetividade e confidencias.



Não acredito na teologia da prosperidade, mas numa teologia que gere quebrantamento, humildade, simplicidade e serviço desinteressado.



Não acredito em crentes bonzinhos e certinhos, mas em gente real que erra e se arrepende e não tem vergonha de se apresentar como pecador remido pelo sangue do Cordeiro.


Não acredito em oração que busca conforto pessoal, mas em oração que clama por santidade pessoal e engajamento por um mundo mais justo.


Não acredito em oração gritada em publico com o intuito de chamar atenção sobre si, mas na oração no secreto onde ninguém vê e ninguém sabe.


Não acredito em testemunhos, livros e conversas de pessoas vitoriosas em tudo e que nunca erram, mas em pessoas reais que se alegram e se entristecem, têm virtudes e têm defeitos.


Não acredito em práticas religiosas produzidas pela mente humana, mas naquelas que são fruto de uma intimidade com Deus.



Não acredito em igrejas de classe média voltadas para si mesmas e sem visão social, mas naquelas cujos recursos humanos e financeiros são disponibilizados para missões e para os pobres.



Não acredito que o marketing trará o Reino de Deus entre nós, mas em ações concretas na busca da justiça e da paz nas nossas cidades.


Não acredito em profecia que gera crentes infantilizados dependentes do profeta, mas em profecia que anuncia o juízo, gera quebrantamento e dependência de Deus.



Não acredito nos abraços e nos “eu te amo” instantâneos induzidos por pregadores, mas em abraços e amizades pessoais vividas no cotidiano ao longo da vida.



Não acredito que adoração se resume ao “louvorzão” do domingo dirigido por “levitas”, mas que glorificar a Deus é um estilo de vida de doação e santidade.



Não acredito que alguém que diz que ama a Deus e não tem amigos, mas naqueles cujos vínculos, afetos e amizades evidenciam que de fato são discípulos de Cristo.



Não acredito em discipulado que é mera doutrinação de conceitos e informações corretas, mas no discipulado que gera metanóia, arrependimento, mudança interior que se reflete nos gestos e atitudes do dia-a-dia.



Não acredito que o crescimento espiritual é linear e sempre progressivo, mas que é sujeito a recaídas, crises, dúvidas, um processo contínuo de aprender, desaprender e reaprender.



Assim, não acredito que cheguei lá, que já tenho todas as respostas. Deus me dá graça e coragem para continuar nesta jornada sem volta, me distanciando cada vez mais da minha natureza caída em direção a perfeita estatura da varonilidade de Cristo. E quanto mais avanço, mais longe estou do meu ponto de partida- meu eu caído, mas também de onde quero chegar: me assemelhar a Cristo.



O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus! Maior é aquele que mais serve!



Por Osmar Ludovico

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A MELHOR HORA





A melhor hora para orar é quando não se tem vontade. Sim, porque é a hora em que mais precisamos! A falta de vontade orar é semelhante à falta de vontade comer, por parte do doente enfraquecido: quanto menos come, menos fome tem. E nós sabemos que, se ele não se alimentar, irá morrer! A oração, para o crente, é gênero de primeira necessidade! Diz a bíblia: “Orai sem cessar.” (1Ts 5:17). 



A bíblia não fala para orarmos só quando temos vontade. Se dermos ouvidos à vontade, não oraremos nunca! Mas, boas notícias: é só começar, que a sede de comunhão volta! “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” (Sl 42:1).


A melhor hora para se ler a bíblia é quando não se quer lê-la.


Sim, porque é quando mais precisamos dela! Não estou dizendo para você parar o trabalho que está fazendo, nem deixar de dirigir o automóvel no meio da estrada. Estou dizendo que não se deve obedecer à vontade, mas fazer força e ler as Escrituras! Sem bíblia, fatalmente tomaremos decisões erradas, e trocaremos o “melhor” pelo “apenas regular”, ou até pelo “ruim”! 



Não há crescimento sem bíblia! Já viu um bebê crescer sem comer? Aqui também funciona o “começômetro”: começa-se ler, gosta-se, e continua mais e mais! Faça prova! Por isso o salmista disse, sobre o homem abençoado: “Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl 1:2).



E ir à igreja? Às vezes é tão cansativo! Tem dia que é um fardo pesado, não é mesmo? Eu já me senti altamente desmotivado a ir. Depois paguei o pato, tendo uma semana “amarela”, sem graça e sem cor, e uma profunda dor na consciência, por ter me privado da adoração, da comunhão, da pregação, do ofertório, etc. Quando a gente volta, no outro fim de semana, parece que passou uma década, está tudo meio diferente! Eu aprendi que, quando eu menos querer ir, é justamente a hora em que eu mais precisarei congregar com meus irmãos e adorar a Deus em comunidade! “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hb 10:25). 



Se a sua igreja for sadia (boa doutrina, razoável comunhão, boa ética), você sairá de lá fortalecido! E se convencerá que, faça chuva ou faça sol, igreja é prioridade em sua agenda. E sem ninguém obrigar!



Pr. Wagner Antonio de Araújo

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AMOR NA FAIXA






Somos um grupo de jovens que vive numa cidade, no sul do Egito. Gostaríamos de lhe contar a respeito de uma experiência magnífica que tivemos no Ramadã do ano passado.


Você já deve conhecer o Ramadã. É o nome de um mês do calendário islâmico, e neste mês todos os muçulmanos devem jejuar do nascer ao pôr-do-sol. No ano passado, o Ramadã coincidiu com o mês de agosto. Neste ano, esse mês foi do dia 20 de julho ao dia 18 de agosto.


No último dia do Ramadã há um período especial de oração nas mesquitas, encerrando o jejum. Depois é feita uma grande festa, e às vezes famílias muçulmanas convidam também famílias cristãs para participarem da celebração.



Entretanto, grupos mais radicais aproveitam a ocasião para agir contra não muçulmanos. A chance de haver ataques a cristãos depende de quão radical é a pregação na mesquita. E só para você ter ideia, nessa data em especial, a mesquita chega a reunir até 10 mil pessoas. Você consegue imaginar o que pode acontecer se um grupo desses for estimulado a atacar uma igreja?



Pois bem, nosso grupo jovem ficou imaginando as possibilidades do que poderia acontecer. Então nos reunimos para orar, pois estávamos com medo. 


De repente, no meio da oração, um rapaz de nosso grupo teve uma ideia “incomum”.



“Por que a gente não age de forma proativa? Sempre dizemos que devemos amar os muçulmanos, mesmo os violentos. Então vamos pensar em uma maneira prática de expressar nosso amor por eles?”



Então alguém deu outra ideia ainda mais inesperada (talvez até um pouco maluca): “E se a gente fizer uma faixa dizendo que nós os amamos?”.



Silêncio total. Mas logo começamos a discutir calorosamente se as propostas eram viáveis, ou até mesmo sábias. Era arriscado.



FIZEMOS A FAIXA...


No final, concluímos que as propostas eram boas – apesar de não haver garantia alguma de como os muçulmanos reagiriam. Um grupo específico entre eles, os salafistas, não toleravam nem muçulmanos moderados. Quem dirá os cristãos!



Antes que a coragem fosse embora, corremos até uma gráfica e encomendamos a faixa. Nela escrevemos: “Sou cristão e amo os muçulmanos”.



...E FOMOS PARA A MESQUITA



Na manhã seguinte fomos até a frente da mesquita. Assim que a reunião terminou, desenrolamos a faixa. Como estávamos com um pouco de medo, não a erguemos muito.



Os fiéis que foram saindo da mesquita pararam para ler. Então alguns vieram até nós e... nos cumprimentaram!



Uma atmosfera de simpatia tomou conta da rua. Mulheres cobertas da cabeça aos pés pararam para nos fotografar, e até homens com trajes conservadores vinham até nós e nos saudavam.



Nossa surpresa aumentou quando alguns imames (líderes da mesquita) atravessaram a rua para dar um aperto de mão e também para nos agradecer pelo gesto.



A manhã correu tranquilamente, e tivemos certeza, em nossos corações, de que nossa decisão de testemunhar do amor de Jesus marcou o coração daqueles que leram nossa faixa. Além disso, o fato de obedecer a Cristo tirou de nós o medo de sermos proativos em amar o próximo.



Compartilhamos esta história com você, por dois motivos. Em primeiro lugar para contar como Deus faz coisas inesperadas quando decidimos lhe obedecer. E, em segundo lugar para pedir seu apoio às igrejas que vivem em países muçulmanos. Queremos que essas igrejas não vivam dominadas pelo medo de serem vítimas de fundamentalistas, mas que ajam demonstrando o amor de Deus ao próximo, de forma ativa e sábia.



Seja proativo você também, em demonstrar o amor de Deus ao próximo. E também aos seus irmãos da fé.



Em Cristo, que nos faz um! 



Grupo de Jovens, Igreja do Sul do Egito, julho de 2012.

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A PROFANAÇÃO DA ORAÇÃO





Embora muito em voga, a profanação da oração é um problema antigo. Não há outra pessoa que trate tão energicamente o assunto quanto Tiago, na carta aos judeus convertidos e espalhados “pelo mundo inteiro”, escrita por volta de 70 depois de Cristo.


Esses cristãos eram ambiciosos. “Queriam muitas coisas”, esforçavam-se para obtê-las a qualquer custo (“estão prontos até para matar para consegui-las”), mas continuavam “de mãos abanando”, pois não recorriam à oração. E, mesmo orando, a situação não mudava, porque os pedidos deles não visavam nada além dos próprios prazeres. 


As orações que faziam eram tipicamente consumistas, giravam em torno de coisas e não de valores, engrossavam o ter e não o ser. O ideal de felicidade desses cristãos era gastar, dissipar, esbanjar e consumir. Eram orações anticristãs à vista das bem-aventuranças do Sermão do Monte (Mt 5.1-12) e da única palavra de Jesus que não está nos Evangelhos, mas no discurso de Paulo aos presbíteros de Éfeso: “É mais feliz quem dá do que quem recebe” (Atos 20.35).


Tiago encerra a exortação chamando-os de adúlteros, pois eram semelhantes à esposa infiel que ama os inimigos do marido. E por amarem os prazeres do mundo, que Deus não ama, tornavam-se inimigos de Deus. 


Seria melhor que esses consumistas se submetessem ao Senhor e resistissem ao diabo, o qual, por sua vez, os deixaria em paz. Eles deveriam lavar as mãos, limpar o coração, entristecer-se por estarem em um nível tão baixo de espiritualidade e se humilhar diante do Pai. Então seriam levantados, animados e ajudados por Deus (Tg 4.1-10)!


A profanação da oração é um pecado grave. Pois Deus não abriu a porta da oração para nos afastar dele e levar-nos à secularização, ao materialismo, ao consumismo e, consequentemente, à apostasia.


Os cristãos que têm coragem de orar por uma casa na cidade, na praia e nas montanhas e por um carro zero quilômetro e importado estão profanando a oração e são inimigos de Deus!



Extraído da Revista Ultimato – Maio-Junho/2012 – nº 336

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UM CALDO MORTAL CHAMADO LEGALISMO





Malcon Smith definiu legalismo como um caldo mortífero. Quem dele se nutre adoece e morre. O legalismo é uma ameaça à igreja, pois dá mais valor à forma do que à essência, mais importância à tradição do que à verdade, valoriza mais os ritos religiosos do que o amor. O legalismo veste-se com uma capa de ortodoxia, mas em última análise, não é a verdade de Deus que defende, mas seu tradicionalismo conveniente. O legalista é aquele que rotula como infiéis e hereges todos aqueles que discordam da sua posição. O legalista é impiedoso. Ele julga maldosamente com seu coração e fere implacavelmente com sua língua e espalha contenda entre os irmãos.



As maiores batalhas, que Jesus travou foram com os fariseus legalistas. Eles acusavam Jesus de quebrar a lei e insurgir-se contra Moisés. Vigiaram os passos do Mestre, censuravam-no em seus corações e desandaram a boca para assacar contra o Filho de Deus as mais pesadas e levianas acusações. Acusaram-no de amigo dos pecadores, glutão, beberrão e até mesmo de endemoninhado. Na mente doentia deles, Jesus quebrava a lei ao curar num dia de sábado, mas não se viam como transgressores da lei quando tramavam a morte de Jesus com requinte de crueldade nesse mesmo dia.



O legalismo não morreu. Ele ainda está vivo e presente na igreja. Ainda é uma ameaça à saúde espiritual do povo de Deus. Há muitas igrejas enfraquecidas e sem entusiasmo sob o jugo pesado do legalismo. Há muitos cultos sem vida e sem qualquer manifestação de alegria, enquanto a Escritura diz que na presença de Deus há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. J. I. Packer em seu livro Na Dinâmica do Espírito diz que não há nada mais solene do que um funeral. Há cultos que são solenes, mas não há neles nenhum sinal de vida. Precisamos nos acautelar contra o legalismo e isso, por três razões:




1. Porque dá mais valor à aparência do que ao coração. Os fariseus gostavam de tocar trombeta sobre sua santidade. Eles aplaudiam a si mesmos como os campeões da ortodoxia. Eles eram os separados, os espirituais, os guardiões da fé. Mas por trás da máscara de santidade escondiam um coração cheio de ódio e impureza. Eram sepulcros caiados, hipócritas.




2. Porque dá mais valor aos ritos do que às pessoas. Os legalistas são impiedosos com as pessoas. Censuram, rotulam, acusam e condenam implacavelmente. Não são terapeutas da alma, mas flageladores da consciência. Colocam fardos e mais fardos sobre as pessoas. Atravessam mares para fazer um discípulo, apenas para torná-lo ainda mais escravo do seu tradicionalismo. Os legalistas trouxeram uma mulher apanhada em flagrante adultério e lançaram-na aos pés de Jesus. Não estavam interessados na vida espiritual da mulher nem nos ensinos de Jesus. Queriam apenas servir-se da situação para incriminar Jesus. Os legalistas ainda hoje não se importam com as pessoas, apenas com suas ideias cheias de preconceito.




3. Porque dá mais valor ao tradicionalismo do que à verdade. Precisamos fazer uma distinção entre tradição e tradicionalismo. A tradição é a fé viva daqueles que já morreram enquanto o tradicionalismo é a fé morta daqueles que ainda estão vivos. A tradição, fundamentada na verdade, passa de geração em geração e precisa ser preservada. Mas, o tradicionalismo, filho bastardo do legalismo, conspira contra a verdade e perturba a igreja. Que Deus nos livre do legalismo. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Aleluia!




Reverendo Hernandes Dias Lopes

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PAIS & FILHOS PARA GLÓRIA DE DEUS



Leia João 1.12






No filme Hook – A volta do Capitão Gancho que conta a história de Peter Pan, vemos a seguinte situação: Peter Pan havia abandonado a Terra do Nunca e resolvido viver no mundo normal. Assim ele cresceu e se esqueceu quem era e como se fazia para voar. Ele precisou voltar e salvar seus filhos que foram raptados pelo Gancho... Para que ele voasse, precisava de um pouco de pó mágico e um pensamento feliz. Há um momento no filme em que ele precisa voar, mas não consegue mesmo usando o pó mágico, porque ele não se lembra de nenhum pensamento feliz. Até que numa determinada hora, ele consegue, pois um pensamento feliz lhe vêm a mente, e este é: - Eu tenho filhos!


No dia 17/01/2009, nos deparamos com uma das emoções mais felizes de nossa vida. Embora estivéssemos já assimilando essa idéia por mais ou menos 9 meses, nada poderia ter nos preparado para tão grande felicidade como a de tomar uma criancinha no colo e dizer: - Nossa filha!


No dia 17/11/2011, nos deparamos mais uma vez com esta maravilhosa emoção. Embora já tivéssemos a primeira experiência, mais uma vez, nada poderia ter nos preparado para a grande felicidade de tomar mais uma criança nos braços e dizer: - Nosso filho!


O evangelho nos possibilita termos a felicidade de sermos filhos de Deus e ao mesmo tempo levar outros a também experimentar essa alegria. 


A PATERNIDADE DE DEUS


Muitos têm dificuldade em entender Deus como Pai. Na verdade, quando ouvem isso, essas dificuldades são aumentadas pois não conseguem relacionar-se com Deus como pai.


Isso se dá devido ao fato de que muitos não tiveram ou não têm um modelo de Pai segundo o padrão divino.


Muitos enxergam na figura paterna, alguém ausente, indiferente, algumas vezes ríspido, totalmente distante do modelo proposto por Deus, em sua palavra.


Alguém disse: “Se Deus é Pai como o meu pai, eu não quero nada com Ele”.


Para falarmos sobre a PATERNIDADE DE DEUS, é preciso antes restaurar o modelo bíblico de pai...


O pai como provedor, como sustentador, como aquele que ama, aquele que dá carinho, aquele que protege, aquele que corrige, enfim, aquele que é um instrumento abençoador da vida de seus filhos...


Se o pai terreno tem essas incumbências, e alguns o são, apesar de suas falhas, imagine como é então o Pai Celeste... A palavra de nos diz que: “Mateus 7.11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”


A palavra de Deus nos diz também, que um dos privilégios que recebemos ao crer em Jesus, é o privilégio da paternidade divina. João 1.12 – Em Cristo, nos tornamos filhos de Deus!!!


O primeiro a referir-se a Deus como Pai, foi Jesus. No AT, embora os judeus tivessem uma certa compreensão da pessoa de Deus, ninguém assim o chamava.


Jesus não apenas nos dá a condição de sermos Filhos de Deus, como nos mostra o interesse de Deus em se relacionar conosco como filhos.


“Lucas 11.13 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”


“Romanos 8.15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”


Ao falar da paternidade de Deus entendemos que:




1- É INTERESSE DE DEUS RELACIONAR-SE CONOSCO COMO UM PAI SE RELACIONA COM SEUS FILHOS.


Salmos 25.14 – “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.”




2- ESSE RELACIONAMENTO SÓ É POSSÍVEL SE ESTIVERMOS EM JESUS.


- João 1.12 - Em Cristo, vamos nos tornando semelhantes ao nosso Pai Celeste.



3- UM VERDADEIRO FILHO DE DEUS DEMONSTRA ALGUMAS ATITUDES NATURAIS.


a. Prazer de estar na casa do Pai (Hb 10.25) “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”


b. Desejo de andar em novidade de vida (Romanos 6.4) “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”



Conclusão:


O melhor presente: Um jovem e bem-sucedido advogado disse: “O maior presente que já recebi foi uma pequena caixa de meu pai num natal. Dentro estava um recado que disse: ‘Filho, este ano eu lhe darei 365 horas, uma hora a cada dia depois do jantar. É sua. Falaremos daquilo que você quiser falar. Iremos por onde você quiser ir. Brincaremos o que você quiser brincar. Será sua hora!’. Meu pai não somente guardou aquela promessa”, disse o advogado, “Mas, a cada ano ele a renovou – e é o melhor presente que recebi na minha vida. Eu sou o resultado do tempo dele.”



Nós somos o resultado não apenas do tempo, mas de tudo o que Deus, o nosso pai, empregou, investiu em nós... PAra que fôssemos seus filhos, o Pai investiu aquilo que Ele tinha de melhor, Seu Único, Santo e Perfeito Filho.


O que daremos ao Senhor, em retribuição ao que já nos deu?



Aos pais, cabe o exemplo que o Pai Celeste nos dá de nos dedicarmos, nos darmos aos nossos filhos, com amor e inteiramente, de maneira incondicional, para que eles sejam o que Deus deseja e projetou que eles sejam...


Aos filhos, cabe honrar aos pais aqui na terra pois isso não apenas traz benção, mas glorifica ao Pai Celeste que está nos céu...


Aos filhos que já não contam mais com a presença de seus pais, cabe desfrutar da preciosa promessa que nosso bondoso Pai celestial nos proporciona. Salmos 27.10 “Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá.”


A todos nós, nos cabe em Cristo Jesus, desfrutarmos da benção da paternidade divina, honrando e glorificando ao Pai Celeste, não apenas pelos pais da terra, mas pelo bondoso Pai que o nosso Deus tem sido para nós. FELIZ DIA DOS PAIS!!



Rev. Antonio Donadeli

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PAPAI E AS BANDEIRAS BRANCAS




Um dia, um jovem se rebelou contra seu pai, machucando toda a sua família. Tornou-se uma pessoa indesejável na família. Por conta disto decidiu ir embora, dizendo que não precisava de nada, que não precisava do amor de ninguém.


Depois de algum tempo ele começou a sentir saudades de casa, mas ficou com medo de voltar, pois tinha quebrado princípios. Resolveu escrever uma carta pedindo perdão e permissão para voltar mas, para saber se o receberiam, pediu o seguinte sinal: Na casa de seu pai havia uma árvore que podia ser vista pelas pessoas que passavam de trem. Se o pai amarrasse uma bandeira branca na árvore significaria que ele estaria perdoado. Caso contrário, tudo estaria encerrado.


No trem ele compartilhou sua ansiedade com um rapaz. O trem se aproximava. Como não tinha coragem de olhar, pediu ao seu companheiro de viagem que procurasse a bandeira branca.


Qual foi a sua surpresa ao receber a notícia de que não havia uma bandeira branca... Mas a árvore estava toda embranquecida, cheia de bandeiras brancas. A casa também estava branca e seu pai estava gritando para os passageiros do trem: “Eu te perdôo, porque te amo!”.


Neste Dia dos Pais, honremos a eles e louvemos ao Senhor pelo privilégio de tê-los, mas sobretudo agradeçamos o privilégio de, em Cristo, podermos ser chamados filhos de Deus. Ao nosso Eterno Pai Celestial, toda honra e toda glória!!



“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;” João 1.12

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SÉRIE CRISTÃOS PERSEGUIDOS: SE TIVER DE MORRER, MORREREMOS


Coreia do Norte, agosto de 2012.




Com um rápido movimento, janela e cortinas são fechadas. Três norte-coreanos atravessam a pequena sala, arrastando seus chinelos. Eles passam sob o olhar incisivo dos “grande líderes”, cujos retratos pendem nas paredes. Os três dirigem-se para o quarto. Atentos, procuram ouvir se as crianças estão dormindo no outro cômodo, e se há alguém na rua. Eles se ajoelham. Um suspiro. Suavemente, começam a cantar. A voz emerge do profundo de seu coração. “Graça maravilhosa, quão doce canção...”


Esta é a história da vida secreta de oração dos cristãos norte-coreanos.



QUESTÃO DE VIDA OU MORTE


É uma experiência difícil viajar pela Coreia do Norte e ver o rosto das pessoas. É como estar dentro de um filme sem a possibilidade de interferir no script. As pessoas andam a esmo em estradas que parecem não ter fim e nem levar a algum lugar. Ao lado do rio, outro grupo de pessoas. Umas lavam a roupa, outras procuram por alimento. As árvores estão secas. Muitos norte-coreanos comem a grama mesmo, apenas para ter algo em seu estômago.


Escondidos entre essas pessoas estão os filhos de Deus. Diferente dos outros, eles oram enquanto caminham. E não fazem isso apenas porque não têm nada melhor para fazer. 


Trabalho com refugiados norte-coreanos na China. Posso dizer que a oração na Coreia do Norte é uma questão de vida ou morte. Se um norte-coreano se converte na China, a coisa mais importante que temos para ensinar é como ter um relacionamento com Deus. Quando voltar para casa, ele não pode levar consigo uma Bíblia. Quase metade dos que voltam é presa em algum ponto da viagem. Em todas as situações, eles precisam confiar em Deus. É por isso que a oração é tão importante. Eles aprendem a orar por tudo, especialmente por discernimento. Em quem você pode confiar? O que se pode dizer, e o que não pode?



COMO A RAINHA ESTER


Há uns anos, um ocidental participou de uma reunião de oração secreta de norte-coreanos. Ele contou o que viu: “Os cristãos se ajoelharam e pediram a Deus para perdoar seus ancestrais, que se prostraram perante ídolos japoneses. Eles diziam: ’O povo de Israel foi desobediente e peregrinou no deserto por quarenta anos. Mas nós estamos sendo punidos há mais de sessenta. No entanto, Deus, a culpa é nossa, e não tua’. Eu chorei ao ouvir como eles imploravam a Deus para mudar sua situação. Eles pediam que o Senhor reabrisse as igrejas de seus antepassados.”


As orações dos norte-coreanos, entretanto, mudaram nos últimos anos. Os líderes da Igreja norte-coreana nos dizem que isso se deve graças às orações dos irmãos estrangeiros. “Somos tão encorajados por essas orações que agora oramos como a rainha Ester. Mardoqueu lhe disse que ela havia sido chamada para um momento como aquele (Ester 4.14). E isso se aplica a nós. Fomos chamados para sermos luz de Cristo em um momento como esse, nestas circunstâncias difíceis. Temos experimentado que Deus usa a perseguição para santificar sua Igreja, e somos gratos porque, em nossa fraqueza, recebemos a força dele. Oramos para sermos capazes de fazer a vontade divina em todas as situações. E se tiver de morrer, morreremos.”



UMA VISÃO


Os cristãos norte-coreanos começaram sua própria campanha de oração por seu país. Eles pedem a Deus para continuar a abrir as portas para que o evangelho seja pregado. Soube que um grupo de cristãos recebeu uma visão de Deus de que um dia a Coreia do Norte se reabrirá. Eles dizem: “Então trabalharemos lado a lado com os irmãos sul-coreanos e chineses para evangelizar toda a Ásia. Será uma tarefa difícil. Mas vemos que a atual perseguição na Coreia do Norte é uma preparação para este tempo”.


Vemos então como Deus usa as orações de seus filhos para criar uma música que soa mais alto que o terror e o medo. Os milhões de vozes mal podem ser ouvidas individualmente, mas juntas elas formam um belo coral. Para Deus, essas incontáveis orações são um belo som que não termina. No livro de Apocalipse lemos que cada palavra dirigida a Ele é colocada em um recipiente de ouro – não importa se ela foi proferida em torno de uma mesa de jantar no mundo livre, ou se foi sussurrada atrás de janelas fechadas em algum canto da Coreia do Norte.



Correspondente da Portas Abertas na Coreia do Norte

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O RAMADÃ E A IGREJA PERSEGUIDA





O QUE É O RAMADÃ?


O Ramadã é nono mês do calendário islâmico no qual se acredita que o profeta Maomé recebeu a revelação da parte de Deus, ou Alá, dos primeiros versos do Alcorão. Pelo fato de o islamismo usar um calendário lunar, o início e término do Ramadã, varia de ano para ano, podendo ser realizado em diferentes meses e estações.


Para os muçulmanos, o Ramadã é um mês de bênção que inclui oração, jejum e caridade; é nesse período que eles têm que demonstrar maior zelo religioso e cuidado com os pobres e marginalizados da sociedade. Se alguém comer, beber ou tiver relações sexuais durante este período, deverá alimentar 60 pobres ou jejuar por 60 dias.


Em muitas mesquitas, durante o Ramadã, os versos do Alcorão são recitados todas as noites em orações conhecidas como Tarawih. No final do Ramadã, a escritura completa deve ter sido recitada. O Ramadã tem para os muçulmanos um significado espiritual. Eles acreditam que através da oração e jejum podem se aproximar de Alá, renovar a fé, reforçar os valores da família, e ter uma maior compreensão de seu papel civil e religioso na comunidade; além disso, é o período no qual os muçulmanos leem mais assiduamente o Alcorão e aumentam sua participação em reuniões nas mesquitas. É também um período de muita festividade e confraternizações entre os muçulmanos.


Todos os jovens quando atingem a puberdade devem jejuar, e o primeiro jejum de uma pessoa na comunidade muçulmana é algo para celebração e festa. As grávidas, lactantes, as que estão no período menstrual, crianças, idosos e aqueles que estiverem doentes ou viajando, são dispensados de praticar o Ramadã.


O jejum é feito por cerca de 29 dias entre o nascer e o pôr do sol. O dia começa com o suhoor, uma refeição feita ainda de madrugada, e termina com o iftar, a refeição que quebra o jejum do dia.


Este ano, o Ramadã será de 20 de julho a 18 de agosto.



O RAMADÃ E A IGREJA PERSEGUIDA




A Hadith, um corpo de leis, lendas e histórias sobre a vida de Maomé, (estas histórias chamam-se em Árabe Sunnah e incluem a sua biografia) e os próprios dizeres nos quais ele justificou as suas escolhas ou ofereceu conselhos, diz: “Todo aquele que quebrar o jejum, mesmo por um dia, durante o Ramadã sem uma boa razão, nem mesmo toda a eternidade pode compensar”.


O Ramadã traz muitas implicações e desafios para as igrejas que estão inseridas no contexto do mundo muçulmano, pois é nesse período que o fanatismo religioso islâmico vem à tona contra aqueles que professam qualquer outra fé, mas é também para muitos cristãos uma rica oportunidade de testemunhar do amor de Deus e da salvação em Cristo, já que muitos são convidados às festas e confraternizações ao final do jejum.


O jejum é obrigatório em muitos países de maioria muçulmana ou islâmicos; por isso, ninguém pode declarar em público que não está jejuando durante este mês sagrado. Sendo o jejum um dos pilares do islamismo, os sábios muçulmanos consideram deixar de jejuar somente um dia do Ramadã um dos pecados mais graves. Os rigores do Ramadã geram em muitos fiéis estresse, frustração e zelo islâmico exacerbado. Em terras com tensões religiosas, o último dia do Ramadã pode ser de extrema tensão.


Muitos ataques a igrejas e cidadãos cristãos costumam acontecer nos últimos dias do Ramadã. Um desses dias é denominado de Laylat Al-Qadr (literalmente “Noite do Destino”, ou “Noite do Poder”) e que normalmente é comemorado no 27º dia do jejum. Neste dia, acredita-se que o profeta Maomé tenha recebido a revelação dos primeiros versos do Alcorão. Muitos cristãos do mundo muçulmano são alvo de processos penais e violência por se negarem a praticar o jejum islâmico.

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SOMOS PESSOAS DE ORAÇÃO




Um dos assuntos bíblicos mais importantes e talvez o mais difícil de escrever é a oração. Oração não se explica, oração se vive. Para o cristão, viver é orar, orar é viver, e isto se dá "em todo tempo". Orar é estar em comunhão com o Pai. Orar é viver um relacionamento significativo com Ele, é viver em constante oração. Pensar em oração é pensar necessariamente num relacionamento entre um Deus amoroso e seus filhos e também entre eles, quando oram ao Pai em favor de seus irmãos.


Certa vez, o teólogo e psicólogo holandês Henry Nouwen, em meio à crise que passava, buscou refúgio em um lugar isolado com o objetivo de orar distante de toda a agitação que lhe cercava. Lá, percebeu um dos pontos importantes acerca da oração. Conforme seu próprio relato: "Algo mudou em mim. Eu não queria mais escrever sobre o coração de Jesus. Em meu próprio coração comecei a discernir um desejo real de falar ao coração de Jesus... um convite para deixar o coração de Jesus tocar profundamente meu próprio coração e curar-me".


No texto de Mateus 11.28-30, percebemos que a oração é um convite a todos que notam sua miserabilidade, cansaço e que desejam descanso para a alma. É o próprio Jesus que nos convida ao encontro de profunda intimidade com o Pai. Não é uma iniciativa humana, fruto de nosso desejo.


O Novo Testamento também nos incentiva à oração comunitária, a oração que se faz em comunhão com o Corpo. Quando olhamos Atos 1.14, percebemos uma Igreja unida, homens e mulheres perseverando em oração. Mas nem todos perseveraram. Em 1Coríntios 15.6, Paulo relata que Jesus foi visto por mais de 500 irmãos de uma só vez, mas em Atos 1.15, Pedro se levanta na Assembléia composta por cerca de 120 pessoas. Veja, não são mais 500, agora são apenas 120 perseverando juntos em oração.


Jesus não os obrigou a perseverar, não os intimidou, muito menos negociou a promessa do Pai; pelo contrário, deixou o caminho aberto para todos que desejarem esta promessa, para que venham ao seu encontro. Com o coração manso e humilde, Jesus espera por seus filhos. Em João 6.68, Pedro explicou a razão de não deixar de ir ao encontro do Mestre: "Se não formos a Ti, a quem iremos nós? Só tu tens palavra de vida eterna, para onde iremos?".


O convite do Senhor é claro: "Vinde a mim, todos. Vinde, a fim de que sejamos um, assim como Eu e o Pai somos um". Encontrar-se com Ele em resposta ao seu convite é uma experiência transformadora que nos deixa cada dia mais parecidos com seu Filho, Jesus Cristo.



Pr. Ricardo Bitun


Extraído de Fanzine Underground ano 10 – nº 05 – agosto de 2012

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MOLDADOS POR DEUS EM MEIO ÀS OPOSIÇÕES DA VIDA






"E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." 2Coríntios 3.18



Somos chamados a seguir na direção do Senhor. Muitas vezes, forças opositoras se apresentam diante de nós para nos impelir na direção oposta. Muitos ao observarem que estas forças são muito impetuosas se inclinam ante a tendência de prosseguir na mesma direção a que estão sendo impelidos. Assim, fazem cessar a oposição, porém, caminham para distante de Deus. 


O que tenho percebido diante deste quadro tão comum, ainda que geralmente passe despercebido pela maioria dos cristãos e servos de Deus, é que, mesmo estas forças opositoras, dentro do escopo da sabedoria e soberania divina, são ferramentas nas mãos do Pai celeste para esculpir em nós o caráter de Cristo. 


Através do fogo das provações, do vento das tribulações, das tempestades da vida, à medida que caminhamos perseverantemente com fé e esperança em Cristo, somos transformados pelo próprio Senhor. 


Desta forma, quanto mais resistimos às oposições e prosseguimos em direção ao Senhor, ainda que pareça que não estamos dando um único passo ou fazendo progresso algum na jornada, estamos sendo cada vez mais fortalecidos e moldados por Deus. 



Precisamos estar conscientes de que enquanto estivermos nessa jornada rumo ao Senhor, estas realidades estarão presentes. Por isso, seja o que for que esteja tentando impeli-lo para distante do Pai, não desista, mas persevere e experimente a transformação que Deus estará operando em sua vida. 


Um dia, esse processo chegará ao fim. As lutas terão cessado, e nós, face a face com o Pai contemplaremos Sua Glória conformados à semelhança de Cristo.



Rev. Antonio Donadeli

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EM LUGARES DIFÍCEIS




Leia Tiago 1.2-4





"Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados." 2 Coríntios 4.8


Dor! Todos nós a enfrentamos. A dor com freqüência marca nossas vidas, deixando uma cicatriz permanente em nossos corações. Aos dois meses de idade, os médicos diagnosticaram uma grave doença no fígado de nossa filha Sarah. Esta doença deu início a um período emocionalmente exaustivo para nossa família. Ela chegou ao ponto de perder quase todo o sangue de seu corpo; minha esposa e eu tememos perdê-la. Mas não perdemos. Deus a abençoou com a dádiva de um novo fígado em abril de 2009. 


A doença de Sarah e a cirurgia de transplante estressaram nossa família. No entanto, nunca estivemos longe do cuidado e da graça de Deus. Nós O encontramos nos muitos amigos que ficaram conosco no hospital. Nós O encontramos no corpo de Cristo! Crentes que conhecíamos e outros que desconhecíamos, ao redor do mundo, que oravam por nossa família. Nós O encontramos no cuidado pessoal que nossa igreja nos dedicou. Nós O encontramos no modo como o dinheiro entrou para pagar por aquilo que necessitávamos. 


Nós ainda vivemos dia a dia, orando para que o fígado transplantado de Sarah não falhe e que ela possa viver uma vida longa e feliz. Ao fim do dia, sua vida está nas mãos de Deus. É a fidelidade de Deus que nos permite viver, hoje e eternamente.


Ore: Senhor amado, lembra-nos de que Tu estás conosco, seja qual for o caminho que tenhamos de trilhar. Em nome de Jesus. Amém.


Pensamento para o dia: Em meio à dor, bênçãos tremendas podem florescer.


Oremos pelas pessoas que estão na fila dos transplantes.




Extraído do devocionário: No cenáculo

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SÉRIE: HOMENS DOS QUAIS O MUNDO NÃO ERA DIGNO


Adoniram Judson


O missionário Adoniram Judson levou o Evangelho até a Ásia e traduziu a Bíblia para o birmanês. Era o ano de 1824. Os oficiais do rei da Birmânia (atual Mianmar) - pais que fica às margens do Golfo de Bengala, no Sudeste Asiático tinham acabado de saquear o lar missionário de Adoniram e Ann Judson, levando tudo o que acharam de "valioso". No entanto, o tesouro mais precioso havia passado despercebido: o manuscrito de uma porção da Bíblia, traduzida por Adoniram Judson, que sua esposa Ann enterrara sob a casa.


Acusado de espionagem, Adoniram, um missionário magro e de corpo pequeno, ficou encarcerado por quase dois anos em uma prisão infestada por mosquitos. Ele e outros 60 condenados à morte ficaram encerrados em um edifício sem janelas, escuro, abafado e imundo. Durante aquele período, sua esposa conseguiu entregar-lhe um travesseiro - para que ele pudesse dormir melhor no duro chão de areia da prisão -, além de livros, papéis e anotações que ele usava para continuar a tradução da Bíblia para O birmanês. Dentro da cadeia, além das traduções, que ele escondia dentro de seu travesseiro, Adoniram evangelizava os presos.


O episódio descrito é parte da história do americano Adoniram Judson (1788 - 1850), o primeiro missionário cristão na Birmânia, que, por 30 anos, perseverou em seu trabalho de evangelização, apesar das doenças e perseguições constantes que sofria por pregar o Evangelho naquele país.


Em 1819 - seis anos depois de sua chegada à Birmânia -, Judson conseguiu seu primeiro convertido. Dois anos depois, já havia uma igreja fundada no país, com 18 batizados. Em 1837, havia 1144 convertidos batizados na Birmânia. Em 1880, esse número passou a sete mil, distribuídos por 63 igrejas. Em 1950, cem anos depois de sua morte, existiam mais de 200 mil cristãos na Birmânia, em sua maioria, resultantes da mensagem que Judson deixara naquele país. 


Dizia ele: "Muitos cristãos consagrados jamais atingirão os campos missionários com seus próprios pés, mas poderão alcançá-los com os seus joelhos."



Extraído e adaptado de: Renovado

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SÉRIE POVOS E NAÇÕES PARA CRISTO: POVO KAREN OU POVO DE BURMA






O povo Karen são um grupo étnico no Sudeste Asiático que foi forçado a fugir de suas casas devido a uma "limpeza étnica" que está sendo realizada pelo governo militar da Birmânia. Quase um milhão de Karen (é assim que gostam de ser chamados) vivem na clandestinidade na Birmânia, passando de um lugar para outro para se manter à frente das tropas do exército que procura caçá-los. Quando ficam sem opções, eles fogem para a Tailândia, onde alguns 155.000 estão vivendo em campos de refugiados.


Tendo sido rejeitados pela Birmânia, a maioria dos refugiados não tem cidadania birmaneza. E por serem rejeitados pela Tailândia, a cidadania não está disponível para eles lá também. Quando alguém não tem cidadania, é geralmente rejeitado pelo mundo e preso em condições muitas vezes deploráveis. Sem fim para as dificuldades dos refugiados Karen, os governos ao redor do mundo começaram a aceitar o Povo Karen dos campos na Tailândia para o reassentamento.


Embora a Birmânia seja um país predominantemente budista, o povo Karen, foram alguns dos primeiros convertidos ao Cristianismo no Sudeste Asiático, através do trabalho missionário de Adoniram Judson, o qual chegou à Birmânia em 1813 e encontrou o povo Karen pronto para abraçar as Boas Novas de Jesus.


E em 2006, cerca de 3.000 Karen foram trazidos para o Canadá e alguns outros vieram depois. Em Hamilton, existem atualmente cerca de 400 pessoas Karen. A jornada para os que aqui chegaram tem sido muito difícil. Eles lutam para se adaptar à vida urbana por serem um povo rural. Antes de vir para aqui muitos nunca tinham visto um prédio de concreto ou andado dentro de um ônibus. Alguns dos jovens líderes Karen passaram os primeiros 26 anos de suas vidas em um campo de refugiados. E aprender uma nova língua e encontrar seu lugar em uma nova cultura, que é radicalmente diferente da sua, é um enorme desafio.


Desde que chegaram em Hamilton o povo Karen tentou se integrar em várias igrejas, mas devido as diferenças de língua e cultura, eles não conseguiram se adaptar e a situação se tornou cada vez mais desafiadora, então eles resolveram formar uma congregação entre eles. E a nossa igreja resolveu acolhe-los.


Pedimos que a igreja brasileira esteja orando pelo povo Karen e estejam conosco nesta obra missionária entre o povo Karen que teve inicio há tantos anos atrás.



Missionária Elaine Silva - Canadá

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SÉRIE CRISTÃOS PERSEGUIDOS: E A IGREJA NO EGITO?





De malas prontas, a família de Wagdi esperava pelo resultado das eleições presidenciais, no Egito. Com a vitória do partido islâmico, Wagdi, sua esposa e seu bebê emigrarão para a Europa. É um tempo de desafios para a Igreja do Egito. Mesmo com a vitória do partido islâmico, ainda há muita incerteza. No entanto, muitos cristãos têm agido como Wagdi e deixado para trás seu país, temendo pelo pior.


Sabemos que "não há autoridade que não venha de Deus" (Rm. 13.1), e que ao longo da história Deus tem usado ímpios para o bem de seu povo, como fez com Ciro da Pérsia (Is. 45.1). Assim, a função dos filhos de Deus é interceder pelas autoridades (1Tm 2.1-2), a fim de que tenham vida tranqüila e pacífica. E nós, cristãos brasileiros, podemos também interceder por nossos irmãos no Egito. Que a fé em nosso Pai seja maior, do que o medo do desconhecido.



CANDIDATO DA IRMANDADE MUÇULMANA VENCE ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS, NO EGITO


Mohammed Mursi, (60), candidato do Partido Liberdade e Justiça, braço da Irmandade Muçulmana, venceu as eleições presidenciais, no Egito, com 51,73% dos votos válidos. A Irmandade Muçulmana foi perseguida ao longo de seus 84 anos de história e durante o regime de Mubarak ficou na ilegalidade.



A outra opção de voto para os egípcios era, Ahmed Shafiq, que fora primeiro-ministro durante a gestão Mubarak. Boa parte da população egípcia não queria a eleição de Shafiq, temendo que ele reproduzisse o que foi o regime anterior. Em seus discursos, Mursi fez contínuas referências à Lei Islâmica (Sharia), e a seu projeto de renascimento islâmico ('nahda') em todas as áreas da nação, algo comum para um membro da Irmandade Muçulmana egípcia cujo lema político é "O Islã é a Solução". 


Em seu primeiro discurso, feito ontem, após o resultado final da eleição, Mursi disse que "respeitará os direitos das mulheres e crianças, os direitos humanos e os acordos internacionais". Ele disse também que "não permitirá qualquer tipo de interferência em assuntos internos, protegendo a soberania nacional, e não apoiará interferências em outros países".


Resta saber quais as implicações reais que a escolha de Mursi ao cargo de presidente trará aos egípcios, principalmente aos cristãos, que são minoria e que carecem de direitos e deveres iguais aos demais cidadãos. Resta saber se o novo presidente governará para todos ou para apenas uma parcela da população. O que de fato acontecerá com o Egito e com os cristãos desse país, ainda não sabemos, mas podemos orar pedindo a Deus que abençoe esta nação e Seus filhos.



PEDIDOS DE ORAÇÃO


• Ore para que esse momento de transição politica no Egito seja pacífico e bem sucedido.


• Ore para que o novo governo trabalhe pelo bem de todos os egípcios, independente de suas opções religiosas.


• Peça a Deus que acrescente mais fé no coração dos cristãos egípcios, de modo que alcancem um futuro com mais liberdade e oportunidades.

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