SERÁ QUE TODA RELIGIÃO É BOA?




Está na moda o diálogo interreligioso. Vivemos a época do inclusivismo, fruto da ideia posmoderna que não existe verdade absoluta. Muitos pastores, em nome do amor, sacrificam a verdade e caem nessa teia perigosa do ecumenismo. 


Precisamos afirmar que não existe unidade espiritual fora da verdade, assim como luz e trevas não podem co-existir. Não podemos ser um com aqueles que negam a salvação pela graça em Cristo Jesus. 


Não é um ato de amor deixar que aqueles que andam pelo caminho largo da condenação sigam "em paz" por esse caminho de morte. Esse falso amor tem cheiro de morte.


Essa atitude de dar as mãos a todas as religiões, numa espécie de convivência harmonia, acreditando que toda religião é boa e leva a Deus é uma falácia. 


Toda religião é vã a não ser que pregue a Cristo, e este crucificado. Toda religião afasta o homem de Deus, a não ser que anuncie Jesus Cristo como o único caminho para Deus! 


Vamos deixar esse discurso falacioso de amor a todos, e vamos amar de verdade às pessoas, de todas as religiões, pregando a elas, com senso de urgência, o evangelho que exige arrependimento e fé e oferece vida eterna.


Rev. Hernandes Dias Lopes

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SURPREENDIDO PELA MINHA LEVIANDADE





Tenho a mania de tentar extrair sempre alguma lição das experiências que a vida me permite viver. Não foi diferente desta vez, por ocasião da visita de nossos queridos missionários do Norte da África. Em nossas conversas, que avançavam madrugada adentro, procurei comparar o estilo de vida deles com o meu, e confesso que em muitos momentos me senti envergonhado. 


Claro, vivemos em contextos muito diferentes; eles estão em meio a um povo de cultura diversa e peculiar, em meio a uma civilização distante do evangelho e que em sua esmagadora maioria desconhece por completo o Senhor Jesus. Contudo, as exigências de compromisso, consagração, empenho no testemunho, ardor evangelístico e urgência missionária deveriam ser as mesmas. Deveriam.


Não raras vezes fui surpreendido e confrontado em minha consciência com a tremenda leviandade como eu mesmo me comporto em nosso contexto muito mais “favorável” à igreja e ao evangelho. 


Fui surpreendido quando percebi que também a nossa Igreja é muito aburguesada e acomodada, vive um cristianismo dentro de sua zona de conforto e segurança, com esforços mínimos para testemunhar. Para alguns de nós, a simples distribuição de folhetos evangelísticos é um martírio.


E o que dizer do evangelismo pessoal, aquele de ganhar pessoas para Cristo por meio da vizinhança, da amizade, do testemunho intencional e do convite às claras para vir a Cristo e à igreja? Falta-nos verdadeira consciência de que o tempo urge. Falta-nos um amor casto, puro, veraz, oblativo, sacrificial pelo próximo. Daí a nossa indiferença diante da verdade de que, sem Jesus, aqueles que pensamos amar, sofrerão na eternidade do inferno. Evangelizar é uma questão de amor!


Porém nem tudo é tão cinza assim. Esta visita também me encheu de estímulos missionários. Deu-me uma visão mais apurada e mais alargada de como eu, como pastor, e essa igreja podemos nos envolver mais efetivamente em missões. 


Aprendi que a missão possui níveis e esferas que são interdependentes. Antes de sermos uma igreja missionária, devemos nos tornar uma igreja evangelística. Evangelismo e discipulado devem fazer parte de tudo o que somos e fazemos. Precisamos desenvolver a prática da oração, buscando poder espiritual para esta tarefa. Sem o poder do Espírito nenhuma eficácia haverá em nossas iniciativas e palavras. Esta oração deverá ser pessoal, doméstica, em grupos e comunitária. Deverá ser insistente e ininterrupta. 


Devemos sair da cama todas as manhãs e pedir a Deus que coloque uma pessoa em nosso caminho e uma unção em nosso coração -- que hoje seja o grande dia em que o meu chefe, sócio, colega de trabalho, parente, vizinho renda-se ao Senhor Jesus. E que, assim, eu seja surpreendido pelo Espírito Santo.


• Luiz Fernando, casado, uma filha, é pastor da Igreja Presbiteriana Central de Itapira, SP.


Publicado na Revista Ultimato de set-out/2012

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